Essa semana numa das escolas em que trabalho, todas as atividades foram voltadas para o carnaval.Tanto as atividades artísticas e escritas, como tb o trabalho de conscientização do que realmente seja e até quando vem merecendo ser o carnaval intitulado "a maior festa popular do Brasil". Tentamos através de conversas informais mostrar os antigos carnavais, desde as famosas marchinhas, as máscaras, as fantasias, os Bailes de salões, os blocos de ruas, os bois pintadinhos, enfim, aquele carnaval puro, sem violência, onde a única disputa era a de se divertir mais que o outro.
Boas lembranças me vieram e resgatar isso dentro do ambiente escolar foi muito gratificante.
Tivemos até um barracão improvisado na sala da animação cultural!
Brincar com nossas fantasias e mexer com a dos alunos foi muito gostoso!
Abaixo postarei algumas fotos desse evento e logo depois o trecho de uma matéria de Arnaldo Jabor intitulado "O CARNAVAL É NOSSA LOUCURA SADIA!"
Arnaldo Jabor -O carnaval é nossa loucura sadia
“Mesmo descaracterizada, a folia ainda nos salva
Não é a primeira vez que digo que o carnaval virou um tema para o mercado, para as empresas, para os pacotes turísticos; o carnaval virou um produto. Eu tenho saudades da inocência perdida do passado. Lembro das marchinhas toscas que começavam a tocar nos rádios por volta de dezembro, lembro das fantasias bobas — legionários, piratas, caubóis — influenciadas pelos filmes americanos, lembro das escolas de samba a pé na Avenida Presidente Vargas, um bando de índios de bigode e penas de espanador, pintados de preto, seguidos pelas gordas baianas cobertas de balangandãs, a multidão olhando, apanhando dos cassetetes da PE, a temida Polícia Especial de boinas vermelhas e Harley-Davidsons. Os PEs baixavam o cacete nos populares, mas mesmo assim eram amados pelos espancados, que neles viam leais e heróicos homens da lei. Dóime ver a virtualização do carnaval de hoje, no Rio. O carnaval oficial virou uma festa para voyeurs, turistas inclusive brasileiros na TV e arquibancadas, turistas de si mesmos. Hoje o carnaval chega pronto. Antes, era uma revelação; hoje ele esconde qualquer coisa. Falta um minimalismo poético nos desfiles de luxo.
O carnaval foi deixando de ser dos foliões para ser um espetáculo para os outros; deixou de ser vivido para ser olhado. O carnaval virou uma ostensiva competição de euforia, uma horda de exibicionismos sexuais, uma suruba iminente sem o sensual perfume do passado.
Carnaval sempre foi sexo — tudo bem — mas, antes, havia uma doce inibição no ar, havia a suave caretice, uma moralidade mínima, havia cortesia, havia clima de amor nos bailes e não a desbragada orgia sem limites. Hoje, há algo de decadência, de compulsivo, uma alegria obrigatória. Hoje há os corpos malhados, excessivamente nus, montanhas de bundas competindo em falsa liberdade, pois ninguém tem tanta tesão assim, ninguém é tão livre assim. Falta a celulite, falta o mau jeito, falta o medo, a ingenuidade, o romantismo, falta Braguinha, falta Lamartine Babo, falta Mario Lago.”
Não deixemos que a inocência se perca no passado...
Como educadores que somos temos a "obrigação " de acreditar SEMPRE, que mesmo que se faça necessário um retorno ao passado parar resgatar as boas coisas que o tempo tenta apagar, nós assim o faremos"
Beijos, beijos, beijos
Oi minha florzinha...que emoçao estar aqui com vc!parabens pelo seu cantinho....ele é lindo e mto alegre....que esta alegria contagie cada um que aqui entrar e que possamos deixar para vc o aroma da paz,amor,felicidade,realizaçao a cada dia em seu viver...
ResponderExcluirBeijos de Luz e Amor...
REGINA ESPOSITO
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